Ou a
“Teoria dos vasos comunicantes”

Toda a corrente natural comporta um leito
E um volume seguro de caudal
Numa energia própria radical
Conforme o seu espaço é largo ou estreito.

Se esta corrente for em si conjuntural
Mas nunca aberta a outros por direito
Em vez de ser virtude será defeito
Pois que jamais fluirá pro grande mar global.

Nas extensas planícies há canais
Que nascem de montanhas desiguais
Num horizonte estéril sempre, sempre errante…

De uma semente personalizada
Com húmus de palavra enfeudada
Nunca renascerá um fruto comunicante.

“Correntes d´ escritas”, utopia ou céu?
Qu´ o testemunhe o acorrentado Prometeu!

Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE