Na Era da pós-verdade
Assiste-se no dia-a-dia
No seio da sociedade
Ao Reino da Hipocrisia.

Já não faz admiração
Esconder a identidade
E é esta a representação
Na Era da pós-verdade.

Finge-se com artefactos
E às vezes com fantasia
Fugir à verdade dos factos
Assiste-se no dia-a-dia.

A vida real é premissa
Numa lei sem igualdade
Ganha o interesse à justiça
No seio da sociedade.

Todo o interesse é natural
Mais se há emoção e magia
E presta-se um culto real
Ao Reino da Hipocrisia.

Todo o acto tem duas faces
Cada uma sua visão
E há sempre dois desenlaces
Na balança da ambição.

Só vence quem tem mais peso
Mesmo à custa da mentira
A Verdade cai no desprezo
E não há quem interfira.

Na História da Humanidade
Fica esta chaga em memória:
P´ lo truque da "pós-verdade"
Não há proveito nem glória!

Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA