CANTO DE FRASSINO

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Textos

NÃO DEIXEM MORRER A ARTE
“Mascarada versus Arte” (*)

Sim, não deixem morrer a Arte
Não a deixem cair na rua
Pois ela está em toda a parte
E cada um sinta-a como sua!

Cada coisa, como arte ou máscara,
Tem em si mesma algum descarte
Mas, se a sua forma for preclara
Sim, não deixem morrer a Arte.

P´ ra coisa ser arte, seja diferente
À luz do sol ou à luz da lua,
Mas, para contento da gente,
Não a deixem cair na rua.

Pode até ser simples e banal
Mas, para qu´ a coisa seja arte
Terá de ter uma paixão real
Pois ela está em toda a parte.

Ser Arte é ser poema ou ser gesto,
É ser uma canção, nua e crua,
Está na diferença o seu manifesto
E cada um sinta-a como sua!

Que diremos da social-mascarada
Que neste nosso mundo impera?
Sentido de vida não tem nada
Pois que não passa de quimera.

Ela finge-se humana e notória,
Mas não passa de oportunismo
Pois suga de forma aleatória
Lucros vis do que é Altruísmo.

Tal quimera – a dita mascarada –
Além de comédia e corsaria,
É uma vaidade de fachada,
E uma vil farsa de fantasia.  

É imperativo o cuidar da saúde,
Há mil e uma formas de cuidar;
Mas, negócio, é tudo menos virtude
E é imoral a todos enganar.

A Arte não pode ser fingimento
Quando não passa de gatafunho,
Para que haja arte ou talento
Só há um caminho: o testemunho!

Frassino Machado
In INSTÂNCIAS DE MIM

(*) - Dedicada aos poetas do tempo que corre...
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 20/04/2020
Alterado em 20/04/2020


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