“Na Era das Pandemias”

Todo este mundo está doente e bem doente:
Suspeitam-se pandemias, continuamente,
E o medo impera, aqui e além de rua em rua,
Sem se saber se o mal acaba ou continua…

A suspeição e o medo são as piores maleitas,
Para as quais não existem oportunas receitas
Nem sequer foram ainda criadas vacinas
Para tais vírus que circulam pelas esquinas…

Para o corpo dos homens falta o remédio
E para o corpo do mundo já sobeja o tédio,
Pois, cada dia que passa, aumenta a descrença
E, nesta causa, vai-se agravando a doença.  

Este mundo está doente, de corpo e de alma
Já qu´ dos valores – sua velha força – nem vivalma…
E, por esta fragilidade, ressurgem os «predadores»
Que, entre todos os vírus, são sempre os piores!  

Este mundo está doente, porque à selva s´ assemelha
E da Ordem civilizacional… nem centelha!
Quando haverá aquela “máscara” redentora
Que se transforme numa Âncora protectora?

Frassino Machado
In INSTÂNCIAS DE MIM