«Louvor aos Poetas, no Dia do Poeta»

“Sempre uma Voz, que eu antes não ouvia,
Me preenche o espaço entre o destino e o leito…”
Jorge de Sena

É a clara Voz e o claro Canto da Poesia,
Geradoras no poeta dum espaço e identidade –
Fora a parte espelhando ou não sua qualidade –
Que se revelam, de corpo inteiro, n´ Harmonia.  

Não nasce o Poeta por obra e graça da Magia
Mas só e apenas – em abono da Verdade –
Pela descoberta do sentido e da vontade
Que à luz da Sensibilidade, tomam Garantia.

À sua Lira, o Poeta obedece, feito escravo:
É ela que lhe dá o contexto e a Inspiração
E é por ela que chega ao poema, criação
Na fonte d´ Harmonia, sem apelo nem agravo.

Eis o Reino das Evidências, que cabe ao poeta
No Dia destinado para O seu louvor,
E em todos os outros dias, sem nenhum desprimor,
Pois que, a toda a hora, na Poesia se inquieta…

Louvor aos Poetas é devido - Agora e Sempre -    
Na consistência do “espaço entre o destino e o leito”.
E é na justa Coerência com a Arte, e sem defeito,
Que as EVIDÊNCIAS alimentam a Alma e a Mente!


Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA