(Com capuz e com estrelinhas)

– Réplica a M.ª João De Sousa –  
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Nunca usei lunetas, em qualquer dos olhos,
Mas velho capuz, com direito a uma estrela,
Até usei um, parecido com farpela
Encontrado algures... no meio de restolhos!
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Co´ o velho capuz, estrelinhas aos molhos
Iguais às que vejo pela minha janela;
Sou apenas poeta, escrevo à luz da vela,
Sem distinguir já tronchudas de repolhos...
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Haverá quem faça Sopa de um soneto
De peixe e de carne, e de sabor discreto?
Diz a tradição que de um bom cozinhado
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Um "Chef" com estrela fará um bom poema...
Como frei Gaspar, e eu provei! Sem sal-gema?
Sperteza e mestria só um Vate inspirado!
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Um Soneto assim, deste jaez, não medra (?)
Ainda que à laia de uma Sopa de pedra!

Frassino Machado
In ODIRONIAS